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Cap. 119

Wayne sabe que está em mais uma batalha que não tem como ganhar. Fisicamente poderia ser, mas ele nunca encontraria a estrela sem a ajuda de Lucretia.

Resignado, só lhe resta concordar: — Maldição, está bem, eu trago de volta a maldita estrela derretida depois para que você enfie onde quiser.

Lucretia exibe um de seus tradicionais sorrisos marotos: — Quem disse que já não enfiei?

O xerife arregala os olhos num misto de dúvida e espanto. Aquela criatura não seria doida o suficiente para fazer algo do gênero. Ou seria?

Solomon volta com o café. A dona do cabaré agradece e sobe a escada bebericando: — Vou lá, tirar do esconderijo. Quer vir junto para ver onde eu guardei?

Ela pisca e se vira rindo, já sabendo a resposta de Wayne, que vem logo após um engasgo seco:

— Pode ir. Eu espero lá fora.

Pouco depois surge Lucretia carregando um lenço de seda dobrado. Ela estende a mão para entregar a Wayne, que se retrai desconfiado.

Lucretia: — Tome, pode pegar.

O xerife continua ressabiado, olhando para o pequeno volume na mão da dona do cabaré.

Lucretia insiste: — Pega logo. É sua estrela. Eu enrolei num lenço para que não ficasse pior do que já está.

Wayne apanha o lenço e, cuidadosamente, abre o embrulho para confirmar o que tem dentro.

É, realmente, sua estrela.

— Não quer cheirar para ver se descobre onde estava? – instiga maldosamente Lucretia.

O xerife chega a afastar um pouco a estrela, com imagens perturbadoras passando por sua mente.

Lucretia se diverte vendo a disputa entre confusão, indignação e até uma certa curiosidade pelos pensamentos do pobre homem.

Só quando ouve a risada debochada da mulher é que ele consegue libertar-se da provocação, enfiando a estrela no bolso, jogando o lenço no chão e saindo praguejando.

— Você vai até lá sozinho? – pergunta Lucretia, ao que Wayne, já sobre o cavalo, responde:

— Sim, eu só estou indo a um ferreiro. Que tipo de problema eu poderia arranjar apenas indo a um maldito ferreiro?
 

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